segunda-feira, 14 de agosto de 2017

MENSAGEM DE FILOMENA MÓNICA

                                                                 
                                                              OBRA DO DAESH

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                                                 MASSIFICAÇÃO DO CONTRAFEITO

As ordens cumprem-se. Não se discutem, não se avaliam. O mundo troca moeda falsa -- e não é veem eurordade que,à vista desarmada são todas iguais, as moedas? E até os géneros que comemos depois de descongelados? Não vale a pena guerrear por tudo isso, se as fábricas e outras emissoras de bens saltam fronteiras a seu belo prazer, instalando  "lixo" gestionário e tributário um pouco por toda a parte.
Filomena Mónica, que muito admiro mas também escorrega em alguma casca de banana, escreveu na revista  DOMINGO coisas interessantes sobre a gobalização e não se atreveu a tecer alguma considerações sobre as "emigrações desconhecidas" -- gente que parte para distancias alternativas, onde os lugares ainda escapam às multidões e a vida pode ser colhida de auto.procura, de compras elementares e a vizinhança ainda acolhe os outros em jeito de ajuda e de partilha da natureza e das palavras trocadas nos serões após jantares frugais. Não estou a argumentar um retorno a uma qualquer Idade Média de países imaginários. Mas para a globalização se escrever em itálico, tornou-se excepção com  ALTERNATIVA. Conheço no Algarve, desde há largos anos, famílias estrangeiras, de países poderosos, que vieram construir casa na paisagem intimista ou cidades ainda amenas. Vivem da sua reforma e já deixaram a fome dos voos para férias, crescimentos sasonais e demográficos de milhões de pessoas.
Mónica escreve: «Quando vivi no estrangeiro, estavam sempre a perguntar-me por que razão Portugal, um país que no séculoXVI fora capu mundi, tão cedo tivesse entrada em declínio».
A pergunta dessa gente de fora, se calhar a nadar em euros e sem ter emendado nada dos tratados da União Europeia, só se compreende porque fizeram descolonizações de arrasto e até conservam parte da arqueologia relativa às artes gregas, por exemplo, correspondem a civilizações ocidentais que ainda podem humilhar os mais pequenos, gregos e portugueses, por exemplo,  cuja vitória na guerra e na filosofia, no ser e saber, custou milhões de mortes e a aprendizagem das rotas dos mares, dos naufrágios, do exílio e da produção local ou capaz de atravessar oceanos, entre sacrifícios inauditos e piratarias envolventes. Não eram angelicais, os portugueses e até sabiam prever que a pequenez do seu território os convidava a emigrar, não para lavar dinheiro nem para dopar o pão e outras coisas mais idiotas ou malvadas.
Não quero avaliar a bondade da maneira de comprar roupas, durante cerca de 50 anos, através da Marks & Spencer, fundada em Leeds, não precisando  de fazer a sua sede pagadora de impostos além fronteiras, o que inverte logo a equação.
E que graça (peço desculpa) pode haver no facto de se comprar prata na Ásia, enrolar tal valor na bandeira portuguesa, e oferecer o «bolo» ao neto? Que coisa significa o quadro de Rosseti (descoberto em 2009) senão um efeito «escrevo» de quantidade, por fim cópia,  depois fingimento de coisas com marcas compradas e pegadas às novas  contrafacções, via que chegou a uma desfaçatez globalizante e noutros tempos podia abrir conflitos armados.
Filomena aconselha a deixar esta questão: «o que podemos e devemos fazer é conseguir bons tratados comerciais. O resto são delírios».
Um amigo meu  mostrou o seguinte: «Isso é bom. Tenho maneira de vender gato por lebre, tudo bem embalado, e um escritório de advogados para me redigirem um bom tratado de comércio, global, naturalmente.

notas de Rocha de Sousa

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